Acidente

Bebê morre atropelado por caminhonete em Cruz Alta

Lizie Antonello

Um bebê morreu após ser atropelado por uma caminhonete no final da tarde desta quarta-feira em Cruz Alta. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil e está sendo tratado como homicídio culposo.

Segundo o delegado Rafael do Santos da 2ª DP, um inquérito será instaurado nesta quinta-feira para investigar o acidente que ocorreu por volta das 18h30min, na Vila Hilda. O condutor de uma caminhonete estacionou em frente a um açougue, junto a um rebaixamento que há na calçada. Ele desceu do veículo e percebeu que haviam três crianças brincando no passeio público. Conforme o motorista contou à polícia, ele entrou no estabelecimento para fazer uma compra, mas como não encontrou o que procurava, saiu do açougue, entrou na caminhonete e arrancou.

Ao partir, o motorista disse que sentiu um solavanco, mas achou que era devido ao fim do rebaixamento da calçada. Andou cerca de cinco a seis metros, olhou pelo espelho retrovisor e viu o bebê caído entre a calçada e a rua, percebendo que havia passado com a caminhonete por cima da criança. O condutor retornou, prestou socorro e, junto com familiares da vítima, levou o bebê até o Hospital Santa Lúcia. Mas o menino não resistiu e morreu no hospital. Carlos Alberto Barbosa Siqueira Júnior tem o mesmo nome do pai e faria um aninho no dia 1º de dezembro.

O condutor da caminhonete, Augusto Trevizani, 66 anos, foi submetido pela Brigada Militar ao teste do bafômetro, que teve resultado negativo para ingestão de bebida alcoólica. Ele e o pai da criança, de 41, foram ouvidos pela polícia logo após o acidente, mas ambos devem ser chamados novamente para depor. O motorista disse que não viu ninguém na frente do veículo.

O pai do bebê informou à polícia que a mulher dele, mãe das crianças, estava junto com os filhos na calçada _ o bebê de 11 meses, uma de 2 anos e outra de 6 anos _, mas que teria se afastado por um momento, quando houve o acidente. A mãe do bebê também será chamada a prestar depoimento. O delegado espera ainda encontrar alguma testemunha que tenha presenciado o acidente e possa relatar o que viu.

_ Não houve dolo, intenção de matar, não temos dúdidas disso. Foi um acidente. Mas, o inquérito vai apurar se houve alguma modalidade de culpa _ negligência ou imprudência _ por parte do motorista. Também vamos tentar descobrir se o bebê engatinhou para a frente ou para baixo do veículo.

O inquérito tem prazo formal de 30 dias para ser concluído, mas a expectativa é que ele seja finalizado antes disso. Nesse caso, conforme o delegado, não há necessidade de aguardar o laudo da necropsia, já que ele não tem papel decisivo para a responsabilização ou não.

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